Barradas no Baile

Tive visitas essa semana, eba!!! Bom, como não sei se posso tornar o nome público, acho melhor só tratar por “ela”. Chegou para passar o feriado aqui mas, como tinha outros amigos em outro lugar, conseguiu fazer a maratona de passar 2 dias aqui comigo e hoje de madrugada ela já foi para outro lugar, vai chegar amanhã no Brasil e trabalhar bem cedinho na segunda-feira! Haja pique!

 

Aproveitando a companhia, resolvemos sair na quinta-feira a noite, para um barzinho na região do Meatpacking District. Este é o bairro para quem estiver a fim de fazer um happy hour, depois ir jantar, depois pegar um barzinho para o esquenta e logo em seguida uma baladinha. Believe me: essa é a sequência da noite de um new yorker. Para eles não existe OU sair pra jantar OU ir para um barzinho… A advogada brasileira que conheci aqui disse que é normal para eles fazerem 4 baladas em uma única noite, 3 no mínimo… E a região do Meatpacking é ideal para isso, já que temos tudo por ali.

 

Arrumadas para sair, encontramos a adv na frente do prédio dela, pegamos um cab (só pra mencionar, todos eles aceitam cartão de crédito, e no banco de trás tem até uma TV touchscreen, achei mto legal!) e fomos para o barzinho-restaurante chamado Bagatelle. Muito bonitinho, pelo menos foi o que achei do lado de fora.

 

Exatamente isso! O cara da porta simplesmente olhou para a nossa cara e disse:

 

“Senhoritas, vocês não poderão entrar. Tem um aniversário rolando lá dentro, a casa tá cheia, blá blá blá… Reservations only!”

Achei a coisa mais engraçada do mundo! E por “reservations only”, ele quis dizer: “Compre uma garrafa de alguma coisa por US$ 1,000 que eu deixo vocês entrarem…” E olha que eu até me arrumei para ir nesse restaurante! Dica da adv: Qualquer lugar que você vá à noite, vá MUITO arrumada. As americanas fazem das baladas um evento, e aquele negócio de roupas cintilantes, vestidos quase de gala, homens de terno, etc etc etc, não se limita somente aos filmes. Ou seja, não estávamos barangas! O problema é que era o aniversário de alguma modelo, o lugar estava cheio de modeletes, ou seja, com certeza eu não combinaria com o lugar.

 

Fomos andando e encontramos um outro bar-restaurante chamado The Standard Grill. Muito bonito também, e não tinha nenhum ser mal encarado barrando ninguém na porta! Como tinha que ir trabalhar no dia seguinte, comemos alguma coisinha, bebemos algumas outras coisinhas, e antes da meia-noite já estávamos de volta para casa.

 

Isso só não afetou a minha auto-estima porque, de acordo com a adv brasileira (que é muito bonita, por sinal), disse que ser barrada nas portas dos lugares é a coisa mais normal do mundo aqui. Ela mesma já foi barrada várias vezes em vários lugares, e o que resta é somente falar “ok” e sair atrás de uma outra casa… Principalmente se tem algum homem junto, aí é praticamente impossível entrar, a não ser que o cara tenha capacidade para arcar com o “reservation” proposto pelo mal encarado da porta…

Soho

 

Este último final de semana (prolongado – feriado de Memorial Day por aqui na segunda-feira) resolvi criar coragem e finalmente ver como funciona esse tal de metrô e visitar o tão famoso bairro chamado Soho.

 

Primeiro, o metrô. Realmente, parece ser bem confuso quando olhamos aqueles mapas nas contra-capas dos livros de viagem, mas basicamente algumas linhas vão norte-sul e outra leste-oeste, simples assim. Agora é só olhar no mapinha e achar pra onde você quer ir (não ia fazer a vida tão fácil assim para os futuros visitantes, tem que sofrer um pouco para conseguir a glória nessa vida! rs). Aliás, falando em mapa do metrô de NYC, se vocês acham que esses que temos são confusos, tente se localizar nos mapas de um guia japonês! Uma japonesa (de verdade) sentou ao meu lado no avião quando estava vindo pra cá e abriu o guia de viagens dela… Jurei nunca reclamar quando abrisse o meu guia de novo! Logicamente que, com medo de perder a estação, acabei descendo a primeira vez alguns pontos antes, mas sem desespero. Para quem for pegar a linha laranja, como eu fiz (peguei o metrô na 49th com a 6th Ave), pode pegar tanto a linha expressa como a local  e ir para a estação Broadway – Lafayette que você chegou no lugar certo! Antes, quando as pessoas saíam nessa estação, davam de cara com um anúncio gigantesco da DKNY, que ficou por lá durante anos e era famoso por isso, mas que foi retirado ano passado, eu acho.

 

O bairro é realmente uma graça, cheio dos predinhos estilo brownstone (esses tijolinhos por fora, bem Friends).  Como fui em um sábado e, só pra ajudar, no meio de um final de semana prolongado, o lugar estava empaturrado de gente! Cansei de pedir desculpas por trombar nas pessoas e, na hora de ir embora, dei uma de mal educada mesmo e saía trombando mesmo, sem falar nada (to quase uma verdadeira new yorker! ).

 

Quem está atrás de compras, este é o bairro! Todo tipo de loja nas ruas mais movimentadas (Broadway, Broome, Spring, Prince…). Vale a pena dar uma andada nas demais ruas também, já que é onde se localizam simpáticas galerias. Podemos encontrar em poucas passadas lojas como H&M, Zara, Armani, Chanel, Old Navy, Forever 21, Pylones, Victoria’s Secret, Billabong, Express, Espirit… Lojas para todos os gostos e bolsos!

 

(A foto feia foi eu mesma que tirei, na correria).

 

Uma coisa que achei interessante foram algumas sample sales que vi em algumas lojas (em uma das galerias estava rolando uma da Dolce&Gabbana). São alguns descontões que algumas lojas dão, que podem chegar a 70% 80% de desconto! Vi uma que anunciava até 90% de  desconto, mas achei exagero… Dei uma olhada rápida nas coisas e não vi nada que me agradava, por isso não fui a fundo para verificar esse desconto todo. Mas parece que são coleções passadas e que, de vez em quando, sem anúncio em lugar algum, as lojas fazem essas sample sales para eliminar todo o estoque.

 

Eu poderia ter aproveitado um pouco mais do lugar, mas não sei se por causa da quantidade de pessoas esbarrando em mim, ou se o calor, mas voltei para casa mais cedo com uma dor de cabeça animalesca! Felizmente, graças à minha tão querida cabeça de vento, tenho bons motivos para voltar lá logo! Encontrei uma loja da Crocs na Spring St e fiz a festa lá (para variar!). No dia seguinte, pronta para estrear minha linda sapatilha marrom adquirida no dia anterior, vi que tinha alguma coisa errada… Eu só consegui a façanha de trazer um pé de cada tamanho!

 

Outro bom motivo para voltar lá será para provar os famosos restaurantes, bistrôs e cafés. Imagina eu, que chique, tomando um cafézinho só curtindo o visual? To podendo… rs. Ou então, ir comer alguma coisa em Little Italy, ali perto, que falaram que também é imperdível (e caro!), mas isso eu tento ver e contar aqui um outro dia…